quarta-feira, 12 de março de 2008

Crítica: filme inglês imagina assassinato do presidente Bush (video)






'A morte de George W. Bush' mistura ficção com elementos de documentário.
Mesmo premiado, redes de cinema dos EUA se recusaram a exibir o filme.



O imaginário assassinato do presidente norte-americano George W. Bush, diante de um hotel em Chicago, no dia 10 de outubro de 2007, foi o ponto de partida para "A morte de George W. Bush", do inglês Gabriel Range, que tem estréia em São Paulo e Rio de Janeiro na sexta-feira (7).




A provocação foi levada tão a sério que algumas redes de cinema norte-americanas recusaram-se a exibir o filme nos Estados Unidos.




Não era para tanto. Afinal, este docudrama (mistura de documentário com ficção dramática) trata menos da morte de Bush e mais da análise de uma investigação desta importância, caçando os suspeitos de sempre. No caso, os alvos são os árabes.




A trama começa, justamente, com a lamentação de uma mulher síria (Hend Ayoub): "Por que os assassinos não pensaram nos seus atos?". A queixa parte de alguém que viu o marido (Malik Bader) preso apenas por ser sírio, trabalhar no edifício diante do hotel onde ocorreu o assassinato, ter servido no exército em seu país e feito viagens ao Paquistão e ao Afeganistão.




O fato de que faltem provas materiais contra o suspeito sírio não tem a menor importância para o chefe do FBI, que dizia que visar os muçulmanos na investigação não era racismo e sim "senso comum".




Prêmio da crítica

Para reforçar sua ligação com a realidade, dando-lhe a aparência de um verdadeiro documentário, usam-se imagens reais do próprio Bush discursando num evento econômico num hotel em Chicago.




Também se utilizam imagens do vice-presidente, Dick Cheney, que foram tiradas de um enterro de uma personalidade importante para o governo norte-americano, com bandeira nacional recobrindo o caixão -- reforçando a impressão que o filme procura passar, de que seu discurso falava do falecido Bush.



Tecnicamente bem-feito, o filme recebeu o prêmio da crítica internacional no Festival de Toronto, em 2007.







globo.com

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